As universidades ocuparam lugar estratégico nos projetos da ditadura. Primeiramente, porque nelas conviviam e trabalhavam uma grande quantidade de professores e estudantes que se opunham ao golpe de 1964 e ousavam desafiá-lo. Em segundo lugar, as universidades possuíam um papel chave na formação das elites intelectuais, políticas e econômicas do país. Aliás, exatamente por isso o ensino superior atraiu a participação de agências estadunidenses, tanto públicas, como a USAID (United States Agency for International Development), quanto privadas, com destaque para as Fundações Ford e Rockefeller. Em estreita parceria com os militares, elas financiaram muitos projetos supostamente “modernizadores” nas instituições acadêmico-científicas brasileiras.